Os
Muçulmanos desenvolveram e introduziram técnicas hidráulicas, misturando e
aperfeiçoando as técnicas trazidas pelos romanos e visigodos com as que
trouxeram do oriente. Assim ao longo dos rios construíram moinhos e azenhas. Nas
hortas e pomares introduziram a nora, a cegonha ou a picota para poderem tirar
água dos poços.
As
noras de tirar água foram introduzidas pelos Árabes e são instrumentos fixos e
circulares usados para captar a água do subsolo para, posteriormente, ela ser
utilizada nas culturas de regadio. Caiadas de branco e compostas por uma roda
que faz mover a corda, ou cadeia metálica, a que estão presos alcatruzes –
baldes que transportam a água - as noras mouriscas conduziam a água às partes
mais elevadas dos terrenos cultivados.
Inicialmente,
eram acionadas por mulas, burros ou machos que se deslocavam de olhos vendados
num movimento circular à volta do engenho, mais tarde adaptados a motores a
gasóleo.
As
noras existentes no Algarve têm quase todas, um funcionamento idêntico, mas
apresentam modelos diversos consoante as regiões. Em Estoi existem ainda, em propriedade privada, muitas
destas noras de diversos estruturas, conforme se podem verificar na estrada entre
Estoi e Faro.
Texto
de Teixeira, C. in tese de PG UNL-2002
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